Beatriz Milhazes, carioca,
nascida em 1960,
é uma das mais prestigiadas artistas brasileiras.
Sua exposição, de abril a junho de 2009,
na Fondation Cartier em Paris
foi um sucesso.
Beatriz Milhazes cita três influências
fundamentais para sua obra:
Tarsila do Amaral,
Henri Matisse e Piet Mondrian.
Para Beatriz,
a cor é um instrumento estrutural
em sua obra:
”Sem a cor a imagem não acontece.
Quando a sinfonia das cores
não funciona, a sedução acaba.”
Beatriz pinta flores,
arabescos, círculos e quadrados
sobre uma superfície de plástico,
para depois transferi-los para a tela.
Nas colagens sobrepõe camadas de cor,
utilizando-se até de papéis de bala
e sacolas de compras.
Modinha 2009
“Sou pintora abstrata,
me considero artista geométrica.”
Em frente a sua obra
Night Club 2007, declarou:
“Acho que tudo é muto perturbador,
tem muito excesso. Não é fácil
conviver com meus trabalhos.”
Night Club 2007
Carambola 2008
Beatriz Milhazes é autora também de
Tempo de Verão 2004,
cenário para a Companhia Marcia Milhazes
de Dança Contemporânea,
e de dois projetos em Londres:
Guanabara 2005, projeto para Restaurante
da Tate Modern
Peace and Love 2005,
projeto para Gloucester Road Station
(estação londrina de metrô)
Gamboa 2009
Instalação na Fondantion Cartier, Paris
A influência da colagem está fazendo
Beatriz Milhazes ir mais para os quadrados,
o que para ela é algo óbvio,
pois, em suas últimas obras,
optou até por usar sacolas de compras.
Não se pode dizer , porém,
que os círculos vão desaparecer.
Ela acredita que eles continuarão,
mas, as linhas retas e verticais
estão ganhando espaço e corpo
no “vale-tudo” de Beatriz Milhazes.