sábado, 30 de novembro de 2013

SAMICO, O MESTRE DA GRAVURA

 

 

 

O Brasil acaba de perder um dos seus mais importantes artistas plásticos, o gravurista Gilvan Samico.

Samico foi pintor, desenhista, professor e gravador, conhecido principalmente pelas xilogravuras. Integrou o Movimento Armorial, com Ariano Suassuna.

Nascido em Recife, o pai percebeu a aptidão do filho para a ilustração e o levou ao professor, pintor e arquiteto Hélio Feijó.

  O traço preciso, misturando luzes e texturas revelou-se logo no começo de sua carreira. Em 1957, 1958 e 1960 foi premiado no Salão de Pintura do Museu do Estado de Pernambuco.

Para aprimorar sua arte, Samico deixou o Recife e estudou xilogravura com Lívio Abramo, na Escola de Artesanato do Museu de Arte Moderna de São Paulo, e gravura, com Oswaldo Goeldi, na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. A influência de Goeldi é percebida no emprego de atmosferas noturnas, um número reduzido de traços, e no uso muito preciso da cor.

O romanceiro popular nordestino marcou a obra de Samico, trazendo para suas gravuras personagens bíblicos, lendas e narrativas locais, animais fantásticos e míticos, como serpentes e dragões, sempre com um toque de cor nas xilogravuras

Paralelamente à inovação temática, Samico passa a utilizar o branco com muita força expressiva. A profundidade é pouco usada em suas obras, que enfatizam a bidimensionalidade, sendo as figuras representadas como signos.

 

Foto: Lais Telles/Esp. DP/D.A Press/Arquivo

 

 A xilogravura “Suzana no Banho”, de 1966, apresenta características formais que se tornam constantes na obra de Samico: a simetria e a divisão geométrica do espaço.

 

 

 

Nas décadas de 1980 e 1990, Gilvan Samico dedica-se mais demoradamente à realização de cada gravura,  até encontrar a textura ideal para cada assunto tratado, produzindo uma matriz por ano.  Nos trabalhos recentes simplifica a estrutura e a própria trama linear, acrescentando motivos originários da arquitetura: arcos, rosáceas e molduras.

A obra A Espada e o Dragão, 2000, por exemplo, apresenta uma técnica apurada e um uso muito criterioso da cor.  

 

A Espada e o Dragão, 2000

 

  A Bela e a Fera, 1996

 

Homem e Cavalo

 

A Luta dos Anjos 

 

http://www2.uol.com.br/JC/_ne10/foto/AB-samico470.jpg

  O Diálogo

 

Foto da capa

  A Criação: Homem e Mulher

  Foto: O Senhor do Dia

O Senhor do Dia

 

A chave de ouro do reino vai-não-volta, 1969

 

 Capa do LP do Quinteto Armorial

 

A Criação: Pássaros e Peixes 

 

A Fonte 

 

 O Fruto Amargo ou A Ilha do Sonho

 

 Júlia e a Chuva de Prata

 

 A Dama da Noite

 

 A Pesca

 

 O Sol a Lua e as Estrelas

 

A Conquista do Fogo e do Grão 

 

 A Ilha

 

 Três Mulheres e a Lua

 

A Tentação de Santo Antônio

 

A Caça, 2004

Samico inspirou-se em temas populares, como nesta gravura de 2004, A Caça, motivada pela história de um esquimó, lenda contada pelo uruguaio Eduardo Galeano.

Por duas vezes Samico participou  da Bienal de Veneza , tendo sido premiado  numa delas, e duas de suas obras fazem parte do acervo do MOMA de Nova York.

 

(Pesquisa realizada na Internet e nos jornais O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo.)

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

ESCULTURAS EM PAPEL DE MAUD VANTOURS

 

Maud Vantours, artista contemporâneo que vive em Paris, possui um grande talento para criar belíssimas esculturas com camadas multicoloridas de papel. 

A combinação de cores, motivos originais com flores, formas oníricas, a sensação de relevo, tudo nessas esculturas nos surpreende. Encantada com seu trabalho, selecionei algumas de suas obras para apresentar neste blog.