segunda-feira, 25 de maio de 2015

EXPOSIÇÃO DE JUDITH LAUAND: OS ANOS 50 E A CONSTRUÇÃO DA GEOMETRIA

 

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De 15 de maio até 25 de julho, o Museus Belas Artes de São Paulo (MUBA) e o Instituto de ArteContemporânea (IAC) recebem a exposição Judith Lauand: Os Anos 50 e a Construção da Geometria. A mostra traz cerca de 100 obras produzidas entre os anos 1950 e 1959, período importantíssimo para a construção da carreira da artista.

Judith Lauand (Pontal SP 1922) formou-se em artes plásticas na Escola de Belas Artes de Araraquara, quando iniciou sua carreira artística. Ela foi a única mulher a participar do Grupo Ruptura, responsável por introduzir o concretismo no Brasil, e, por isso, recebeu o epíteto “dama do concretismo”. 

A mostra , com curadoria de Celso Fioravante, apresenta obras de 22 coleções particulares e institucionais de São Paulo e do Rio de Janeiro. São pinturas, desenhos, guaches, tapeçarias, xilogravuras, matrizes de xilogravuras e estudos em papéis diversos, além de fotografias, cadernos de anotações, catálogos e documentação variada.

 

 

 

 

 

Aos 85 anos, a artista faz um panorama de sua trajetória.  Na década de 1940 começou a se dedicar à pintura. Um caminho natural, segundo ela, esse de pintar. No começo, "no estilo da escola expressionista", fazia naturezas-mortas e figuras. Mas, acidentalmente, um dia ficou surpresa quando viu que uma de suas naturezas-mortas tinha se transformado numa pintura abstrata feita de cubos e um círculo, no lugar do que seria um prato...   A fase concretista de Judith Lauand é o ponto alto de sua  carreira, feita de diversas fases de experimentações de que ela tanto se orgulha: "Gosto de todas, com suas qualidades e percalços", diz a artista .

 

 

 

 

 

Aos 85 anos, Judith lê diariamente pela manhã, "80 páginas por semana", e pinta quase que todos os dias,  no período da tarde e sempre no campo da abstração. "Achava a abstração muito mais interessante, uma pesquisa que não tinha fim, muito mais diversificada", diz Judith Lauand, fazendo uma rápida recapitulação de seus mais de 60 anos de carreira no campo da pintura.

Nesta exposição há um a passagem completa pelos caminhos de Judith: a figuração, a abstração informal, a abstração geométrica, a fase pop da década de 1960, as obras em que colocava objetos na tela (como pregos e tachinhas), as telas em que pintava palavras, os quadros com as variações do mesmo tema."Ela não é uma concretista ortodoxa, tem uma trajetória muito mais rica”,  afirma o curador. As telas mais valiosas são as da década de 1950, do período concretista e Judith  declara: "De 1954 a 1962, fui rigidamente concreta, me tornei mais geométrica".

A artista pensa de forma quase matemática sobre suas composições, sem detrimento do caráter sensível: "Cada forma tem e pede sua cor. Gosto das cores que ficam no mesmo plano, que combinem, mas meu quadro não tem nada de perspectiva."

 

 

 

 

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judith lauand, concreto 159, 1959

 

 

 

Exposição “Judith Lauand: Os Anos 50 e a Construção da Geometria”

15 de maio a 25 de julho de 2015

Museu Belas Artes de São Paulo (MUBA)

Rua Dr. Álvaro Alvim, 76 - Vila Mariana

De segunda a sexta, das 10h às 20h; sábado, das 10h às 16h

Instituto de Arte Contemporânea (IAC)

Rua Dr. Álvaro Alvim, 90 - Vila Mariana

De segunda a sexta, das 10h às 18h; sábado, das 10h às 16h

Evento gratuito e aberto ao público