terça-feira, 22 de maio de 2012

GORMLEY EXIBE CORPOS EM SÃO PAULO

 

No centro de São Paulo, em uma área que vai da Praça do Patriarca até o Teatro Municipal, podem ser vistas 27 esculturas em forma de homens, feitas de ferro e em escala real , solitárias, no topo de prédios. Elas transformam a paisagem urbana de uma maneira discreta e instigante ao mesmo tempo.

 

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O artista inglês Antony Gormley realizou, em 2010, essa mesma instalação, "Event Horizon" , em Nova York, e houve quem se assustasse, pensando serem as esculturas potenciais suicidas. O escultor se diverte com a história. " O princípio básico dessa obra é uma ideia conceitual de que somos limitados pela percepção. O corpo é tirado de onde ele normalmente se encontra e está exposto contra o céu, olhando um horizonte que não podemos ver porque estamos incrustados na cidade. Quero que as pessoas olhem ao redor", conta o artista.

"Event Horizon", já exibida também em Londres, compreende, ainda, 4 esculturas de homens (tendo como molde o próprio corpo do artista) espalhadas pelas ruas da região central paulistana. É um dos destaques da mostra "Corpos Presentes - Still Being", primeira grande exposição do conceituado  escultor na América do Sul, inaugurada  sábado, no Centro Cultural Banco do Brasil. Vencedor do prêmio Turner, em 1994, ele também apresenta na cidade  a mostra "Fatos e Sistemas", preparada especialmente por sua galeria inglesa, a White Cube, que veio participar da SP-Arte 2012 e alugou um galpão perto do Parque do Ibirapuera.

 

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"Estou impressionado com a arquitetura de São Paulo, orgânica e com princípios geométricos. Parece uma peça de geologia, inconsciente, feita com uso inteligente do concreto e com grafites. Os prédios são como cristais." Viu no centro que as pessoas fervilham de um lado para o outro com uma energia muito "diferente" da vista nos transeuntes ensimesmados de Londres.

 

A mostra, que tem curadoria de Marcello Dantas, seguirá depois para o Rio de Janeiro e para Brasília. 

CORPOS PRESENTES – STILL BEING CCBB, Rua Álvares Penteado, 112, telefone 3113-3651. Grátis. Até 15/7.

FATOS E SISTEMAS – FACTS AND SYSTEMS White Cube, Rua Agostinho Rodrigues Filho, 550.  Grátis. Até 15/7.                                               

  As informações são do jornal O Estado de S. Paulo, da FOLHA DE S. PAULO e do site: http://obviousmag.org/archives/2010/02/esculturas_humanas_de_antony_gormley.html#ixzz1vSImEoEW

segunda-feira, 21 de maio de 2012

VIRADA CULTURAL EM ARAÇATUBA

 

Durante a Virada Cultural (19 e 20 de maio) Araçatuba teve a oportunidade de assistir a 33 diferentes apresentações de teatro, circo,dança e música, espetáculos para os diferentes segmentos de público que prestigiou a programação.

Particularmente posso destacar a apresentação sábado de João Donato que, aos 77 anos, animou o auditório do Teatro da Unip com a sua vitalidade e encantou o músico José Renato Gimenes e sua esposa Ana que relembravam, com muito prazer, um show do artista assistido há 28 anos no Rio de Janeiro.

O Quarteto de Cordas Paulo Bosísio foi a atração de domingo na Catedral Nossa Senhora Aparecida. A temperatura agradável da manhã e a luz suave coada pelos vitrais completavam um cenário perfeito para a audição que a todos enlevou. Os aplausos foram calorosos, tanto para a música clássica como para a popular, apresentada no final. Ao quarteto se somou, em um dos números, o som do piano, formando-se por fim um quinteto com a adição de um contrabaixo. Saímos todos com um só desejo: mais concertos na Catedral.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

CALATRAVA E O MUSEU DO AMANHÃ

 

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Santiago Calatrava, famoso arquiteto espanhol, esteve no Rio no início deste mês para apresentar o projeto do Museu do Amanhã a ser realizado pela prefeitura em parceria com a Fundação Roberto Marinho. Será sua primeira obra no país e a inauguração está prevista para maio de 2014.

Segundo Calatrava "O museu não pode ser uma espécie de fortaleza, como que dizendo 'estamos aqui para guardar o tesouro da cultura'. Ao contrário, tem de ser um lugar aberto à cidade e convidativo ao público. É importante entender o museu como parte de um contexto. Ele dialoga com a cidade. Queremos que sirva como fermento para revitalizar e reestruturar a paisagem urbana, para recuperar a praça Mauá, uma das mais belas do Rio".

 

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Sua filosofia de "museu aberto" está refletida não apenas nos traços do edifício --uma longa estrutura horizontal aberta nas duas pontas, cuja forma ele definiu como "um misto de inseto e planta"-- mas também em seus arredores, onde Calatrava criou o que chamou de "passeio arquitetônico".

"Usamos a parte exterior do museu para que o visitante receba uma série de estímulos que o deixem perplexo: o teto que se abre e se fecha seguindo o périplo solar, os jardins remetendo à natureza do Rio, as piscinas que falam da utopia de poder filtrar a baía [de Guanabara]." Pretende que seja "um museu de exploração das possibilidades do amanhã". "O projeto é tão audaz que parte do hoje para o amanhã, não para o passado. Preocupa-se com o legado."

O museu de mais de 12.500 m² será construído no Píer Mauá, zona leste do Rio, e terá uma exposição interativa com o foco na ciência e tecnologia que irão moldar o mundo daqui a 50 anos. Os visitantes terão a possibilidade de simular como  suas atitudes no presente  afetarão o planeta no futuro.

 

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Uma previsão de como serão as exposições no Museu do Futuro.

 

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Previsão de um dos blocos da exposição do Museu.

 

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A praça do Museu do Amanhã 

 

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Vista aérea do Museu do Amanhã. O primeiro piso terá um anfiteatro com capacidade para mais de 400 pessoas e o segundo nível irá comportar a exposição

 

Calatrava comentou suas impressões sobre a cidade: "A natureza tem um valor paisagístico extraordinário no Rio. É claro que, como todas as cidades, tem partes mais controversas, por exemplo, as favelas." Demonstrou, porém, uma visão otimista sobre elas: "Gosto do que se chama de 'pacificação' das favelas, é de uma inteligência enorme abordar o problema dessa maneira. Esses lugares são vitais, têm uma capacidade criativa imensa." E terminou atribuindo aos arquitetos parte da responsabilidade para encontrar soluções: "Costumo dizer que, se nós, arquitetos do século 21, não formos capazes de dar uma resposta a estes problemas das grandes cidades, teremos perdido o trem."

Fontes:

FOLHA DE S. PAULO ilustrada E 3, domingo, 13 de maio, 2012

Mobly Design 11 de maio, 2012 no Arquitetura, Novidades (4)