sexta-feira, 25 de junho de 2010

RUBENS E SEU ATELIÊ DE GRAVURA

 

 

Autorretrato de Rubens

 

Auto-retrato de Rubens

 

 

“Rubens e seu Ateliê de Gravura”,

apresenta-nos 56 gravuras pertencentes

ao Museu Siegerland, situado em Siegen

(Alemanha), cidade natal do artista.

As obras abrangem todos os âmbitos temáticos

da obra do pintor: a Bíblia,

a mitologia greco-romana e a alegoria,

bem como o retrato, a paisagem,

as séries históricas e a ilustração de livros.

 

Destas 56 gravuras, 51 são interpretações

em branco e preto de quadros pintados por Rubens.

 

 

Peter Paul Rubens (1577-1640),

barroco por excelência,

refletiu as paixões da época em sua obra,

inclusive nas gravuras produzidas em seu ateliê.

 

Ainda em vida, Rubens cuidou para que sua obra

não ficasse restrita a palácios e igrejas,

mas tivesse ampla divulgação,

empregando jovens gravuristas

para reproduzir seus quadros,

com a sua supervisão.

 

Rubens foi o primeiro artista

a obter a proteção do direito autoral

– os privilégios reais (concedidos pelo Rei) –

para reproduzir suas obras em gravuras com exclusividade.

 

 

 

 

A idéia central da pintura deveria ser preservada,

mas havia liberdade para modificar as composições.

Dependendo da demanda,

era possível imprimir diversas edições,

em parte com alterações, pois as chapas de impressão

se desgastavam rapidamente, requerendo

vários processos de correção.

 

 

 

 

 

As gravuras, menores que os quadros,

transmitem a beleza e o significado

dos trabalhos de Rubens e proporcionam,

às novas gerações, a redescoberta do artista.

 


 

 

 

Neste século, a gravura de reprodução

quase pertence às artes esquecidas,

pois a fotografia e os modernos processos gráficos

estão à disposição de todos.

 

 

 deposicao-da-cruz-lucas-vorsterman-1595-1675-d1

 

Deposição da Cruz

 

 40_A Grande Pescaria

 

A Grande Pescaria

 

  

 

A mostra, que vem à capital paulista pela primeira vez

e conta com patrocínio Caixa Econômica Federal,

ficará exposta na Galeria Vitrine da Paulista

até 25 de julho de 2010.

 

terça-feira, 22 de junho de 2010

OUROS DE ELDORADO ARTE PRÉ-HISPÂNICA DA COLÔMBIA

 

 

 

 

 

 

 A mostra original do Museo Del Oro,

na Colômbia,

pela primeira vez no Brasil,

traz relíquias simbólicas

da ourivesaria pré-hispânica

e conta, por meio de seu acervo,

um pouco da cultura

dos povos que ocuparam

a antiga religião da Colômbia.

 
Ao todo serão apresentados 250 artefatos em ouro

e 40 objetos arqueológicos de cerâmica

dispostos em seis salas da exposição

e divididos entre doze temas diferentes,

como Animais Fantásticos,

Universo das Formas,  Gente Dourada e outros.

Gente Dourada lembra

a origem do termo El Dorado,

atribuído primeiramente,

pelos conquistadores espanhóis,

ao personagem central de um ritual

em que o chefe indígena, coberto por ouro em pó,

lançava objetos preciosos ao fundo de uma lagoa,

como oferenda às divindades.

 

 

 

 

 

 

 Entre outras preciosidades,

o visitante encontra recipientes em ouro

para rituais especiais, pingentes ,

tecidos e adornos de alto luxo.

cuidadosamente esculpidos

pelo povo pré-hispânico,

que evidenciam a diversidade

e as técnicas metalúrgicas criadas

pelos antigos habitantes indígenas da região.

 

 

 

 Peça em ouro da exposição Ouros de Eldorado

 

 

 

   Todas as obras integram o acervo

do Museo del Oro del Banco de la Republica

– Colômbia, e fazem parte de uma

das mais importantes coleções

de ourivesaria do mundo.

 

 

 

Imagem: Divulgação.

domingo, 20 de junho de 2010

APRESENTAÇÃO DA CIA CISNE NEGRO EM ARAÇATUBA

Sexta-feira tivemos o prazer de assistir

a uma belíssima apresentação

da CIA. CISNE NEGRO

na 2ª Dança Araçatuba,

uma realização conjunta do SESCSP,

da Prefeitura Municipal e

das Academias de Dança da cidade.

Foram apresentadas as coreografias:

Danses Concertantes, Sabiá e Forrolins.

Forrolins é uma homenagem a Villa Lobos.




 

 

 

A música original de Forrolins,

composta em 1991 por Cacá Malaquias,

é um frevo, nascido em Carnaíba,

agreste pernambucano,

terra do autor do tema

e com forte influência do forró nordestino.

 

FORROLINS é baseada nas variações de Forrolins,

e das Arias das Bachianas Brasileiras nº4,

de Heitor Villa Lobos.

 

 

  
 


 
 


 

 

A alegria e a técnica apurada

deste maravilhoso conjunto

fez com que o numeroso público presente

vibrasse e saísse do teatro entusiasmado.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O ADEUS DO MESTRE ANTÔNIO POTEIRO

Antônio Poteiro, com suas barbas longas

à semelhança de um profeta bíblico,

em sua aparência simples,

foi um grande estudioso

de História e das Sagradas Escrituras.

  Autêntico criador de formas, dotado de uma visão pessoal,

com sua morte, as artes visuais perderam

um grande artista da pintura primitivista brasileira.

 

 - (Aureliza Correa/Esp. CB/D.A Press - 7/10/04)

 

 

Antônio Batista de Souza,

conhecido como Antônio Poteiro,

nasceu em Santa Cristina da Pousa, Província do Minho,

em Portugal, no dia 10 de outubro de 1925,

 filho do ceramista português Américo Batista de Souza.

Veio para o Brasil quando criança.

Morou sucessivamente em São Paulo e Minas Gerais,

viveu um ano e meio na Ilha do Bananal entre os índios Carajás

e, finalmente, radicou-se em Goiânia.

Iniciou-se na vida artística como artesão,

ganhando a vida como fabricante de cerâmica utilitária

(de onde surgiu seu sobrenome “artístico” de Poteiro)

e aos poucos seus potes,  de simples recipientes caseiros,

transformaram-se em objetos complexos e ornamentados,

mostrando uma fantástica imaginação

e excelente domínio da técnica.

Em 1972, já conhecido como ceramista,

começou a pintar, 

transportando os elementos usados em suas peças de cerâmica

para as telas, 

apresentando, em suas obras,

motivos regionais e temas bíblicos.

A Ciranda e as Flores, 1981

 

 

 

Cavalhada 1982

 

Papai Noel Nordestino  1984

 

 

 

 

Girassóis  2006

 

 

As cerâmicas de Antônio Poteiro

fazem parte do acervo

de importantes Museus e coleções particulares.

A Ecologia, sem data

 

 

 

 

 


 

Nossa Senhora dos Navegantes  1993-94

 

 

Alguns comentários sobre o artista:

"Trata-se de um puro criador de imagens primitivas,

com o senso de humor e a sabedoria intuitiva

da composição e da cor”.

Walmir Ayala

Segundo Brasigóis Felício,

"a impressão que nos transmitem as pinturas

e a cerâmica de Antônio Poteiro

é a de que foram extraídos do cerne da vida,

transfigurados em arte por um impulso criador

ao mesmo tempo ingênuo e requintado...

Antônio Poteiro é um inspirado poeta das cores e do barro".

 

Para Georges Racz,

"Poteiro sonha as suas telas,

soluciona o espaço, as cores e as figuras,

como só uma criança consegue...

pintura poderosa, abençoadamente bela".