terça-feira, 26 de outubro de 2010

ANDY WARHOL

 

  

Andy Warhol nasceu em Pittsburgh,

 Pensilvânia. Era o quarto filho de

Ondrej Warhola e Ulja,

imigrantes da classe operária

originários da Eslováquia,

então parte do Império Austro-Húngaro.

O pai de Warhol emigrou para os E.U.

em 1914 e  trabalhou em uma mina de carvão.

Nos primeiros anos de estudo,

Warhol teve uma doença do sistema nervoso.

Muitas vezes de cama,

desenhava, ouvia rádio

e colecionava imagens de estrelas de cinema

ao redor de sua cama.

Warhol  descreveu esse período

como muito importante

no desenvolvimento da sua personalidade,

do conjunto de suas habilidades

e de suas preferências.

Aos 17 anos, em 1945,

entrou no Instituto de Tecnologia de Carnegie,

em Pittsburgh,  e se graduou em design.

Logo após mudou-se para Nova York

e começou a trabalhar

como ilustrador de importantes revistas

( Vogue, Harper's Bazaar e The New Yorker)

além de fazer anúncios publicitários

e displays para vitrines de lojas.

Iniciou, assim, uma carreira de sucesso

como artista gráfico.

Uma série de quinze desenhos,

baseados na obra de Truman Capot,

é apresentada durante os anos 50

em diversos lugares,

inclusive no MOMA,

Museu de Arte Moderna de New York.

O anos 1960 são marcantes

na sua carreira de artista plástico.

Warhol passa a se utilizar dos motivos

e conceitos da publicidade em suas obras,

com o uso de cores fortes

e brilhantes e tintas acrílicas.

Reinventa a pop art

com a reprodução mecânica

e temas do cotidiano e artigos de consumo,

como as reproduções

das latas de sopas Campbell

e a garrafa de Coca-Cola,

além de rostos de figuras conhecidas,

como Marilyn Monroe,

 Liz Taylor, Michael Jackson,

Elvis Presley, Pelé, Che Guevara,

entre muitos outros,

e ícones da história da arte,

como Mona Lisa.

Estes temas eram reproduzidos

em série, com variações de cores.

Além das serigrafias,

Warhol também se utilizava de outras técnicas,

como a colagem

e o uso de materiais descartáveis,

não usuais em obras de arte.


    
 
popautoretratowarhol

 

                     Birth of Venus  Botticelli

 

                     Albert Einstein

 

 

 

                    Pelé



                  Michael Jackson


                      Judy Garland


                  Marilyn Monroe


                    Elvis Presley

               Che Guevara

 

                    Beethoven

 

                 Mao Tsé-Tung

                             Dick Tracy



 

                       Mickey Mouse

 


Warhol é considerado uma das personalidades

mais famosas da arte moderna

nos Estados Unidos.


Muitos críticos desprezam Warhol,

assim como a Duchamp, Jeff Koons

e os demais artistas da arte conceptual.

 
Mas, a importância histórica inegável

de Duchamp e Warhol está justamente

por ambos terem transformado

o significado da arte, subvertendo  seus valores,

e aberto caminho para práticas

hoje dominantes no cenário artístico.

A cada geração, sua influência aumenta. 
 
"In Future everyone will be famous

for fifteen minutes"

Andy Warhol (1928 – 1987).

 

 

 

 

sábado, 9 de outubro de 2010

DENGO DE ERNESTO NETO NO MAM

 

Gotas de crochê saem do teto,

recobrem o chão

como espécie de tapetes

e transformam

a Grande Sala do MAM

em uma grande e única instalação.

As partes da obra de Ernesto Neto

foram trançadas à mão,

sem o uso de agulhas

e ainda recebem objetos inspirados

no comércio ambulante.”

Assim é descrita a instalação Dengo

na sessão Guia Visuais

do jornal O Estado de S. Paulo.

      

Obra do artista Ernesto Neto, em exposição no MAM, em São Paulo

Foto: Ayrton Vignola/AE

 

Visualizar esta instalação

me traz um  turbilhão de idéias,

emoções, saudade.

Surge muito nítida a imagem

de minha avó Adelina,

mulher corajosa, decidida,

sempre ativa.

Não esquecemos de seus bolos

e doces deliciosos

( os figos cristalizados,

sequinhos por fora

e úmidos de calda por dentro),

as meias e luvas de lã sem costura,

feitas em tricô com 5 agulhas,

e o crochê

em enormes cortinas e colchas.

E me ponho a pensar:

…“o que diria vovó ao ver esta obra?”

…gostaria?

…“traria alguma influência

ao seu crochê?”

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

29ª BIENAL DE SÃO PAULO

 

 

 

Política e Arte se encontram

na 29ª Bienal de São Paulo.

O título dado à exposição:

“Há sempre um copo de mar

para um homem navegar”

– verso do poeta Jorge de Lima (1952)-

sintetiza a idéia que a dimensão da arte

está contida nela mesma,

e não no que está fora, ou além dela.

É nesse “copo de mar” – ou nesse infinito,

em que os artistas se projetam–

que, de fato, está o incentivo

para pensar adiante,

para a política da arte.

A 29ª Bienal de São Paulo apresenta

uma variedade de possibilidades

e novas descobertas,

em obras superinterativas, sensoriais e atuais.

Encontramos ali, desde artistas  consagrados,

como Hélio Oiticica e Jean-Luc Godard;

outros muito em evidência, como  Gil Vicente,

com suas obras quase proibidas,

em que “mata” autoridades mundiais;

até registros de street art, como a pichação;

totalizando 159 artistas.

Há ainda 6 terreiros

– construções destinadas à criação,

descanso e reflexão,

concebidas a pedido da curadoria,

por arquitetos e artistas plásticos-

gerando mais de 600 trabalhos.

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Visitando os três andares da exposição,

difícil é comentar

o que desperta mais atenção.

 

O artista Cildo Meireles apresenta

a obra inédita Abajur ,

com mar, gaivotas e caravelas,

e o espectador se surpreende

ao descobrir  que há uma engrenagem

com que pode movê-la.

 

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O paulista Nuno Ramos,

um dos mais respeitados artistas do país,

apresenta a obra intitulada

“Bandeira Branca” .

Nessa instalação,

o espaço central do pavilhão foi cercado

com telas pretas de proteção

e equipado com cerca de 50 alto-falantes

dispostos em três colunas enormes,

que servem de “poleiro”

a  três urubus aí  confinados.

As caixas de som emitirão as músicas:

‘Carcará’, ‘Bandeira Branca’ e ‘Acalanto’,

isolada, ou, algumas vezes, simultaneamente

 

 Instalação de Nuno Ramos

 

Em protesto, um  grupo invadiu

o prédio da Bienal e pichou a frase:

“Liberte os urubus” com spray branco,

em uma das grandes

esculturas negras da instalação.

 

 

Outra polêmica surgiu

com as obras apresentadas por Gil Vicente,

em que o artista desenha-se a si mesmo

matando dez personalidades políticas,

nacionais e internacionais.

 

 

E muito mais há para se ver.

Impossível visitar esta Bienal uma só vez…

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

MARGARET MEE E SEU AMOR PELA AMAZÔNIA

 

 

A inglesa Margaret Mee traduziu em pinturas

o seu deslumbramento pela flora brasileira.

Em 1956, fez a primeira viagem à floresta amazônica,

algo que lhe marcaria a vida.

Foi o despertar de uma paixão

que a levaria a realizar quinze expedições à área,

entre 1956 e 1988.

Muitas das viagens foram feitas num pequeno barco,

acompanhada apenas por guias da região,

ocasionalmente por um ou dois amigos.

 

 


 

Nada podia impossibilitar Margaret

de registar o que observava.

As pinturas eram sempre feitas no campo,

em contato direto com a natureza.

 

 

Algumas das regiões visitadas foram o rio Negro,

rio Vaupés e rio Amazonas.

Durante essas viagens, desenhou,  pintou

e coletou muitas espécies de plantas

tal como existem no seu habitat natural.

Descobriu novas espécies,

tendo sido atribuído o seu nome a algumas delas,

como homenagem.

Nessas viagens à Amazônia, sozinha,

vivendo com os índios na floresta,

enfrentou inúmeras dificuldades:

enxames de insetos, contato com anacondas gigantes,

ataques de morcegos, cansaço,

surtos de malária e hepatite, cheias e até fome.

 

Estas são imagens de algumas das pinturas

de Margaret Mee.

 

Além do livro Orquídeas Brasileiras, de 1975,

Margaret publicou ainda mais dois livros internacionais

com as suas pinturas:

Flores da Amazônia, em 1980,

e Em busca de Flores na Floresta Amazônica,em 1988.

Este último livro, possuía  suas aquarelas,

parte do seu diário e dos seus cadernos.

Foi uma das primeiras pessoas a falar

na devastação da floresta Amazônica.

Sobreviveu a todos os perigos da selva

e acabou por morrer num acidente de carro

na Inglaterra, em Novembro de 1988.

Margaret Mee era uma das poucas pessoas que,

apesar da sua idade avançada,

ainda tinha muitos sonhos por realizar.

Através das suas pinturas,

deu-nos acesso a um guia vasto e completo

de espécies raras, muitas atualmente extintas.

Capa: Anavilhana, Rio Negro, Amazonas, 1988.

Aquarela sobre papel, 66 x 48 cm.
Coleção particular, Rio de Janeiro.

Foto: Jaime Acioli

 

 

 

 


Fotos: Jaime Acioli

Acervo Academia Brasileira de Ciências 


 

     

     

        

       

        

Brasil 1988