domingo, 22 de novembro de 2015

SETE SEIBE NA GALERIA PROARTE

 

 

                                  Tela de Kazuo Wakabayashi

 

A Proarte Galeria celebra os 80 anos da criação do Grupo Seibi na exposição “Sete do Seibi”, em São Paulo. A mostra reúne 42 obras de artistas nipo-brasileiros que participaram do coletivo, desde sua fundação, em 1935, ao encerramento das atividades na década de 1970.

Entre os homenageados estão os pioneiros do projeto Tomoo Handa, Yoshya Takaoka, Yuji Tamaki, além de Tikashi Fukushima, Manabu Mabe, Tomie Ohtake e Kazuo Wakabayashi, que aderiram ao grupo no período do pós-Segunda Guerra Mundial.

“O Seibi tinha como objetivo criar um espaço de convivência entre os artistas nipo-brasileiros atuantes, sobretudo em São Paulo, trocar experiências entre eles e estimular a divulgação mútua de seus trabalhos”, afirma o diretor da Proarte, Miguel Felmanas.

Para a produtora da exposição, Ely Sayemi lutaka,  a premiação de Manabu Mabe, em 1959, na V Bienal de São Paulo como Melhor Pintor Nacional, “sinalizou o reconhecimento da importante presença do grupo de pintores nipo-brasileiros no panorama da arte brasileira”.

Segundo o curador da mostra, Enock Sacramento, “os nipônicos e seus descendentes trouxeram para a arte brasileira uma contribuição inestimável: a fusão da cultura japonesa com a brasileira. Nas paletas e telas, os gestos foram guiados por expressões individuais e misturas enriquecedoras. Em algumas produções há o predomínio do substrato do ocidente e, em outras, o do oriente; ora a explosão, ora a contenção; ora a reflexão, ora a ação; e, em alguns casos, o equilíbrio entre os dois polos”.

 

Composição I

                                          Kazuo Wakabayashi

 

Kazuo Wakabayashi, Sem título, 2005 (técnica mista sobre tela)        

 

Yoshyia Takaoka, Paisagem do Rio de Janeiro, 1942 (óleo sobre tela)

 

                                            Yoshyia Takaoka

 

                                    Tomoo Honda

 

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                                     Manabu Mabe

 

                                 Manabu Mabe

 

                                    Tikashi Fukushima                                          

 

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                                           Yuji Tamaki

 

                                     Tomie Otahke

 

Exposição “Sete do Seibi”
Visitação: de 18 de novembro a 3 de dezembro de 2015
Horário: de segunda a sexta-feira, das 10h às 20h. Sábado, das 10h às 16h.  
Local: Proarte Galeria
Endereço: Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1644, Jardim Paulistano, São Paulo - SP
Entrada gratuita
Mais informações: (11) 3085-7488 ou
contato@proartegaleria.com.br
Estacionamento no local
www.proartegaleria.com.br

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

OBRAS DE CASPAR DAVID FREDERICH

 

 

Self Portrait 1800 - Caspar David Friedrich

 Autorretrato

 

Caspar David Friedrich foi o mais puro representante da pintura romântica alemã. Suas paisagens primam pelo simbolismo e idealismo que transmitem.

Nascido em 5 de setembro de 1774, em Greifswald, faleceu em Dresden em 1840.

Trabalhava inicialmente com aquarelas e desenhos, depois se dedicou  à gravura em metal.

Em 1808, depois de  um curso de pintura a óleo, foi incumbido pelos condes de Thun e Honestein de uma de suas obras mais importantes: A Cruz na Montanha.  Recebeu muitas críticas, por relacionar a paisagem com o sentimento religioso, tendo Frederich apresentado  sua interpretação desta pintura: os raios do sol representam a luz de Deus Pai, o fato do sol estar no ocaso indica que o tempo em que Deus se revelava diretamente aos homens havia passado, as montanhas são alegorias da fé e os pinheiros marcam o surgimento da esperança.

 

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          A Cruz na Montanha  1807

Seu tema preferido foi sempre a paisagem. Suas obras muitas vezes possuem uma atmosfera nostálgica, com brumas, árvores secas, e dramáticos efeitos de luz, em que ele foi um inovador e um mestre.

 

                Manhã sobre a Montanha  1810

 

                  Paisagem de Inverno com Igreja 1811

 

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Caminhando sobre o Mar de Névoa 1818

 

                          Beiramar ao Luar

 

                            Manhã em Riesengebrirge 1810-1811

 

                         Manhã na Montanha

 

                        A Árvore dos Corvos 1822

 

Após seu casamento com Caroline Bommer, em 1818, que era bem mais jovem, suas obras ganham  leveza e a figura feminina começa a aparecer com destaque. Os Penhascos de Rügen, obra pintada após sua lua-de-mel, é um bom exemplo .

 

            Os penhascos de Rügen, c. 1818

 

                    Nascer da Lua sobre o Mar 1822

 

                        O mar de gelo, 1823-1824.

 

                 As fases da vida, c. 1835.

 

Uma das características mais originais de sua obra é o uso da paisagem para evocação de sentimentos religiosos. Buscava não apenas apreender, de  forma objetiva a natureza, como faziam os neoclássicos, mas construir uma narrativa poética, de modo a obter uma ligação entre o observador solitário e o ambiente externo. Em suas palavras, "o artista devia não só pintar aquilo que vê diante de si, mas também o que vê dentro de si".

São frequentes em suas telas céus grandiosos, tempestades, as ruínas e  cruzes. Símbolos da morte também não são raros, como árvores secas. Equilibrando o sentimento de abandono e desespero estão em outros momentos os símbolos da Redenção, como a cruz contra um céu claro que promete a vida eterna,  ou a lua crescente que sugere o renascimento e uma progressiva aproximação a Cristo.

      Em junho de 1835 ficou parcialmente paralítico. Conseguiu se recuperar um pouco , mas sua habilidade de pintar foi muito prejudicada, passando a preferir a aquarela e a sépia, em trabalhos onde abundam os símbolos da morte. Morreu em 1840, quase esquecido pelo mundo da arte.