quarta-feira, 26 de outubro de 2011

BONOMI: ENTRE A GRAVURA E A ARTE PÚBLICA

 

 

 

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Nascida na Itália, Maria Bonomi (76 anos) é gravadora,

escultora, pintora, muralista, figurinista,

cenógrafa e professora.

Entre gravuras, instalações e projeções de imagens

de trabalhos feitos em espaços públicos pelo Brasil,

a mostra, sob curadoria de Jorge Coli,

faz um panorama da obra da artista ítalo-brasileira

com obras datadas desde a década de 1950

até a atualidade

Arte política e o universo feminino  são alguns

dos elementos de inspiração utilizados pela artista,

que exibe 270 obras e 20 esculturas inéditas,

além de pinturas realizadas ainda na infância.

 

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Aprendiz de Lívio Abramo na arte da gravura,

Bonomi se dedicou à litografia, xilografia, calcografia,

além de fazer esculturas e instalações.

Entre as grandes obras de arte pública de sua autoria

está o edifício Jorge Rizkallah Jorge,

esquina da Avenida Paulista com a Rua Bela Cintra,

em São Paulo.

Bonomi ainda trabalha com cenografia

de peças teatrais,

arte com que teve o primeiro contato

quando se casou com o dramaturgo Antunes Filho.

 

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Maria Bonomi provou ser possível

a qualidade nos grandes formatos

e a capacidade do artista em expressar

e registrar a linguagem corporal.

É uma artista urbana com sensibilidade

pelas questões da metrópole.

 

 

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A Ponte

 

O ato gravador de Maria Bonomi

é feito de liames, de laços, de passagens,

que não respeitam ou se acomodam

em definições de gênero artístico.

A palavra ponte

(título de uma de suas últimas obras)

exprime bem a ideia de travessia

entre margens de outro modo inaccessíveis.

Encontramos o caráter primordial dessa arte

entre as formas impressas no papel

e na enorme parede,

entre os talhes da madeira e do cimento,

entre a superfície e o relevo,

entre a gravura e a arte pública.”  Jorge Coli

 

 

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Diante dos trabalhos,

Maria Bonomi desfia o que pensa sobre sua arte:

- "gravura para mim não é técnica,

é linguagem de expressão artística.

A matriz é a grande obra,

onde você coloca o seu gestual" –.

Sobre o mercado brasileiro:

"O eixo Rio-São Paulo é bem menos independente

das imposições comerciais do que se pensa" .

E sobre as relações entre poder e arte:

"Falta arte pública

para as pessoas verem na rua, sem pagar".

 

Ali está,

como diz o curador da mostra, Jorge Coli,

uma artista cuja obra se equilibra

em duas grandes vocações:

a artesanal, ligada à forma como produz,

e a social, ligada

a como as obras se relacionam com a sociedade.

 

 

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Na sala feminina, chamada Útero,

é impossível não relacionar os pequenos quadros

que Maria pintava quando ainda tinha 15 anos,

como "Fugindo da escola",

com as ilustrações que a artista fez para o livro

"Ou isto ou aquilo", de Cecília Meireles (1964),

as gravuras das séries "Medusa" (1997)

e "Hydra" (2001) e o recentíssimo "Paris Rilton",

uma escultura oval em bronze interativa.

Abrindo pedaços da obra,

o visitante acha objetos de consumo feminino,

de boás a sapatos de salto alto.

- Eu criei a obra especialmente para a mostra

porque precisava criticar essa idiotização da figura feminina,

relegada a um consumismo desenfreado

estimulado pela propaganda preconceituosa - diz ela.

 

 

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Balada do Terror

 

 

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“Esta mostra é a mais completa até hoje realizada

sobre a arte de Maria Bonomi.

Reuniu um número elevado de obras,

não tanto para traçar um percurso cronológico

(embora muita produção de juventude esteja presente,

várias das quais nunca expostas até agora),

mas para revelar a permanência de suas preocupações

e os laços que as une.

 

Maria Bonomi diz que evita rotinas -

faz apenas pilates e corre na esteira três vezes por semana -

porque tem "um tempo longo de criação".

-“ Eu nunca acabo os trabalhos.

As obras têm que ser tiradas de mim” – comenta.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

NOVA EXPOSIÇÃO DE ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS

 

 

O boletim do Art Scoop de 26 de setembro

informa que

a partir de 4 de Novembro os mais estranhos

e fascinantes livros infantis

do célebre romancista Lewis Carroll,

"Alice’ No País Das Maravilhas"

e a sua continuação

"Do Outro Lado Do Espelho",

chegam a Tate Liverpool.

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A exposição explora pela primeira vez

os bastidores do processo criativo de Carroll

e revela como as suas historias "nonsense"

mais tarde influenciaram

as artes visuais, autores

e diversas adaptações cinematográficas.

O primeiro manuscrito de Carroll

realizado em 1864,

serve como ponto de partida para

explorar "Wonderland".

O texto mais tarde foi presenteado

a Alice Lindell, filha do vice chanceler

da Universidade de Oxford,

que num passeio improvável

de barco pelo Tâmisa

inspirou a primeira versão da história.

A exposição ainda proporciona

aos visitantes

uma rara oportunidade :

exibe as fotografias

que deram origem aos clássicos personagens,

como a rainha de copas

e o chapeleiro maluco

e algumas das ilustrações originais,

tanto de Carroll quanto de John Tenniel.

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A obra de Carroll foi fonte de inspiração

para novas representações.

Nos anos 30, artistas surrealistas

foram atraídos a esse fantástico universo.

Nas décadas de 60 e 70

a fábula também atingiu

os artistas conceituais, pop e psicodélicos.

O visitante ainda vai se deparar com obras de

Salvador Dalí, René Magritte,

Peter Blake, Yayoi Kusama

e uma grande coleção de arte contemporânea

que representam a importância

da obra de Carroll nos dias atuais.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

ÍNDIA! NO CCBB DO RIO DE JANEIRO

 

 

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O experiente curador Pieter Tjjabes,

holandês radicado em São Paulo,

nos possibilita lançar um “olhar caleidoscópio”

sobre a imensa diversidade cultural desse grandioso

país, com mais de um bilhão de habitantes.

 

 

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Segundo a declaração de Tjjabes

ao Caderno 2 do Jornal O ESTADO DE S. PAULO,

“Na Índia tudo é demais. Isso é que é divertido.

É muita informação. Muita cor, muito cheiro,

muita pimenta, muita gente, muito trânsito,

muito barulho. Tudo é muito.”

“Eu transmito esta confusão que a Índia me causou.

Quero que o visitante saia meio tonto.

Tonto com tanta informação,

mas deslumbrado com a beleza das peças.”

 

A exposição está dividida em quatro módulos:

homem, deuses, formação da Índia moderna

e arte contemporânea.

Composta de 380 peças, dispostas em 18 salas,

é uma viagem pelos mistérios desse lendário país.

 

 

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