segunda-feira, 3 de novembro de 2014

EXPOSIÇÃO DE HOKUSAI NO GRAND PALAIS

 

 

Hokusai

 

A exposição de 400 obras de Katsushika Hokusai (1760-1849), no Grand Palais de Paris, tem atraído enorme número de visitantes, que podem apreciar, não só as obras famosas e muito conhecidas, como A Grande Onda de Kanagawa e as Trinta e Seis Vistas do Monte Fuji, como todo o conjunto de seu trabalho inconfundível pelos temas, pela complexidade técnica, de uma beleza simples, ressaltada pela força das cores, de um vermelho profundo ao azul marinho.

 

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Nascido em Edo, atual Tóquio, Hokusai, foi um desenhista, pintor e artista popular. Filho de pais desconhecidos, depois adotado aos quatro anos de idade, evoluiu como artesão desenhista, mas sem que seu valor artístico fosse reconhecido na época.

A partir de 1794, após adotar o nome de Sori, a obra de Hokusai ganhou em complexidade e em riqueza. Seu destaque cresceu entre 1805 e 1810,  pelo talento expresso no traço firme, mas delicado, e pela técnica precisa no manuseio do nanquim, pela arte refinada sobre temas ordinários, como a vida cotidiana, a mulher e as tradições do Japão, não raro com humor.

 Uma de suas obras mais impressionantes, os Hokusai manga, compõe-se de  15 livros, num conjunto de três mil e novecentos desenhos, que são em si uma antologia de sua produção artística no período iniciado em 1814.

Seu talento e sua capacidade de se reciclar como artista e explorar novas fronteiras técnicas ainda o levariam a produzir a sequência mais célebre de seu trabalho, quando desenvolveu suas Trinta e Seis Vistas do Monte Fuji.

Hokusai, com Hiroshige e Utamaro são responsáveis pela grande influência da arte japonesa sobre os artistas europeus do século XIX, principalmente Van Gogh, Gauguin, Monet, Degas, Renoir, na pintura, bem como Rodin e ainda Victor Hugo, Proust, Zola e muitos outros.

De 01 outubro de 2014 a 18 de janeiro de 2015 no Grand Palais, Galeries Nationales, Paris.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

BRECHERET E SUA VISÃO DO SAGRADO

 

 

Brecheret e sua Visão do Sagrado


 

Victor Brecheret (1894- 1955), escultor ítalo-brasileiro, está sendo homenageado com uma exposição que ocupa o Museu de Arte Sacra de São Paulo.  Com curadoria de Sandra Brecheret Pellegrini, filha do artista, e expografia de Haron Cohen, “Brecheret e sua Visão do Sagrado” reúne 35 esculturas, quatro fotografias e quatro pinturas que mostram a visão do modernista a respeito das questões religiosas.

Sem ter vinculado sua obra exclusivamente a temas religiosos – ele é mais conhecido por suas esculturas espalhadas por São Paulo, como o “Monumento às Bandeiras”  – Brecheret, introdutor do modernismo na escultura nacional, confeccionou Madonas, Virgens e Pietás, em gesso e bronze, entre 1920 e 1940; Virgens com criança e Anjos, cenas bíblicas (Santa Ceia, Senhor dos Passos, Anunciação), crucifixos e santos (São Francisco, São Jerônimo, São Paulo) feitos em gesso, bronze patinado, terracota e madeira, nas décadas de 1940 e 1950; além de imagens masculinas, em sua maior parte dos anos 1940, esculpidas em gesso.

Segundo a curadora, o ponto alto da escultura religiosa de Brecheret é a figura de São Francisco: “Explorada sob vários ângulos, tamanhos e formas, nos leva a acreditar que seja o santo de sua preferência, por seu amor à natureza”, conta Sandra.

 

 

"Pietá", de Victor Brecheret. Bronze patinado, década de 1940, 31 x 11 x 33 cm.

"Anjo", Victor Brecheret. Terracota, década de 1940, 47 x 15,5 x 19,5 cm.

 

 

Estudo para a capela Pararanga - Atibaia,  Carvão sobre papel, década de 1920, 1,15 x 84 x 4,0 cm

 

 

Figura masculina. Gesso Patinado, década de 1940.

 

Madona". Gesso patinado, década de 1940, 61 x 19 x 12 cm

 

 

"Madona". Bronze polido, década de 1920, 34 x 11,5 x 24,5 cm.

 

"Anunciação". Bronze patinado, década de 1940, 48 x 27 x 20 cm

 

 

Brecheret São francisco com o burrinho

 

São Francisco com burrinho, bronze patinado. Década de 1940. Foto de Claudia ATVG/acervo pessoal

 

brecheret santa ceia melhor foto

 

Santa Ceia, bronze patinado.

 

brecheret pietá gesso com pintura ptareada

 

Pietá, gesso com pintura prateada. Década de 1920. Foto de Claudia ATVG/acervo pessoal -

 

A mostra Brecheret e sua Visão do Sagrado transmite todo o amor que o escultor sentia pelas artes plásticas, ressalta o brilhantismo de uma obra iniciada no século passado e que permanece atual, moderna .

 

Exposição: Brecheret e sua Visão do Sagrado
Período: 19 de setembro a 16 de novembro de 2014
Local: Museu de Arte Sacra de São Paulo
Endereço: Av. Tiradentes, 676 - Luz | Metrô Tiradentes
Telefone: (11) 3326-3336 - visitas monitoradas
Horário: de terça a sexta-feira, das 9h às 17h; sábado e domingo das 10h às 18h
Ingresso: R$ 6,00 (estudantes pagam meia entrada); grátis aos sábados

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

ENTRE FLORES E ENTRELINHAS

 

A Galeria Vilanova recebe a primavera com a exposição “Entre Flores e Entrelinhas”. Com curadoria de Bianca Bockel, os artistas, Virgílio Neves e Vitor Azambuja, foram convidados para produzir trabalhos inéditos que não apenas dialogam entre si, mas também chamam a atenção do público para um olhar diferenciado sobre um tema comum.

Vitor Azambuja apresenta cinco telas com um tema recorrente em sua produção: a exuberância das rosas, em tons de cores inusitados e surpreendentes. Apesar de  inspirado na natureza, o artista  não pinta pela observação, e sim, pela imaginação – a harmonia na combinação de suas cores não é fruto da reprodução, é antes o resultado de um ato criativo autônomo. Pianista, formado pelo Conservatório Brasileiro de Música, “para ele as flores, principalmente, o levam indubitavelmente aos sons que delas exalam”, diz Geraldo Edson de Andrade, membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte.

 

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Vitor Azambuja

Vitor Azambuja

Vitor Azambuja

O trabalho de Virgílio Neves (duas telas e quatro desenhos) surpreende pelo uso de um material inusitado: o própolis (substância resinosa usada pelas abelhas para untar a parte interna das colmeias). Com cortes e ângulos aleatórios, o artista usou a substância para imprimir odor e textura a sua obra. “O aroma do própolis trazia sensações positivas que me devolviam à infância. E o poder de fixação desta substância e do seu aroma sobre o papel também estavam intimamente ligados ao poder de fixação desta memória em minha mente”, explica.

 

Virgílio Neves

Virgílio Neves

Virgílio Neves

Virgílio Neves

 Entre Flores e Entrelinhas propicia ao público uma nova visão sobre um tema corriqueiro, com pinturas e desenhos que não apenas se complementam, mas também estreitam o diálogo com o espectador. Nas palavras de Bianca Boeckel: “As obras dos dois artistas cantam e dançam diante dos nossos olhos”.

A exposição fica aberta ao público a partir de 23 de setembro, dia em que a Primavera começa oficialmente no Hemisfério Sul.

Período: 23 de setembro a 3 de novembro de 2014

Local: Galeria Vila Nova – http://www.galeriavilanova.com.br

Rua Domingos Leme, 73 – Vila Nova Conceição – São Paulo, SP

Tel.: (11) 2691-1190

Horário: Terça-feira a sábado, das 12 às 18h

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Mostra Retrospectiva de Orlando Mattos

 

 

 

Mais de 20 anos após a morte do ilustrador e cartunista Orlando Mattos (1917-1992), suas obras têm exposição individual em São Paulo. A retrospectiva foi organizada pelo único filho de Mattos, Luiz Carlos, em parceria com a Abach (Academia Brasileira de Arte, Cultura e História). Esta exposição reúne 40 telas do artista, entre obras pertencentes aos acervos da Pinacoteca de São Bernardo do Campo, da família do artista e outras cedidas por colecionadores.

Pintor, ilustrador e cartunista Orlando Mattos deixou importante marca nas artes visuais do Brasil. Nascido em Castro, no Paraná, em 1917, viveu grande parte da vida no Rio de Janeiro e em São Paulo. Desenvolveu longa carreira como desenhista na imprensa carioca e paulista e suas charges políticas, com traço estilístico de muita personalidade, serviram de referência para artistas da geração seguinte como Ziraldo.

“Ele (Orlando Mattos) fez duas revoluções: uma com o fuzil e outra com o bico de pena", diz Luiz Carlos Mattos, filho do artista plástico.

Aos 15 anos, Orlando Mattos adulterou seu documento para se alistar no Exército e ser combatente na Revolução de 1932. Alguns anos depois, passou a usar o desenho como forma de expressão. Aos 18, já colaborava para diversas publicações, tendo atuado em grandes jornais e revistas, desenvolvendo boa capacidade crítica. Aposentou-se em 1970, na Folha de S.Paulo. Teve passagens também por editoras e pela publicidade.

Nas artes plásticas, Mattos apresentou um traço original e criatividade surpreendente. Seus temas principais são a religiosidade, o trabalho e a sensualidade feminina.

" Seu trabalho é maduro, evoluído, criativo, expressivo", afirma a  educadora Luciana Gradilone Paternostro, responsável pelo Portal Cidades Paulistas.

O artista participou de exposições coletivas em várias cidades do Estado e teve sala especial em salões de arte da região. Também expôs no exterior, em países como Canadá (1971) e Japão (1980). Sua última mostra foi em 2007, uma retrospectiva realizada no Centro Cultural Diadema.

 

 

 

 

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