“Rubens e seu Ateliê de Gravura”,
apresenta-nos 56 gravuras pertencentes
ao Museu Siegerland, situado em Siegen
(Alemanha), cidade natal do artista.
As obras abrangem todos os âmbitos temáticos
da obra do pintor: a Bíblia,
a mitologia greco-romana e a alegoria,
bem como o retrato, a paisagem,
as séries históricas e a ilustração de livros.
Destas 56 gravuras, 51 são interpretações
em branco e preto de quadros pintados por Rubens.
Peter Paul Rubens (1577-1640),
barroco por excelência,
refletiu as paixões da época em sua obra,
inclusive nas gravuras produzidas em seu ateliê.
Ainda em vida, Rubens cuidou para que sua obra
não ficasse restrita a palácios e igrejas,
mas tivesse ampla divulgação,
empregando jovens gravuristas
para reproduzir seus quadros,
com a sua supervisão.
Rubens foi o primeiro artista
a obter a proteção do direito autoral
– os privilégios reais (concedidos pelo Rei) –
para reproduzir suas obras em gravuras com exclusividade.
A idéia central da pintura deveria ser preservada,
mas havia liberdade para modificar as composições.
Dependendo da demanda,
era possível imprimir diversas edições,
em parte com alterações, pois as chapas de impressão
se desgastavam rapidamente, requerendo
vários processos de correção.
As gravuras, menores que os quadros,
transmitem a beleza e o significado
dos trabalhos de Rubens e proporcionam,
às novas gerações, a redescoberta do artista.
Neste século, a gravura de reprodução
quase pertence às artes esquecidas,
pois a fotografia e os modernos processos gráficos
estão à disposição de todos.
Deposição da Cruz
A Grande Pescaria
A mostra, que vem à capital paulista pela primeira vez
e conta com patrocínio Caixa Econômica Federal,
ficará exposta na Galeria Vitrine da Paulista
até 25 de julho de 2010.