quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Goeldi e a Xilografia no Brasil

 

 
Estamos numa temporada de grandes mostras

de artes plásticas.

A exposição de GOELDI _ LUZ NOTURNA,

na Caixa Cultural, Galeria Vitrine da Paulista,

São Paulo, é uma delas.

                       Oswald Goeldi (1895-1961), carioca,

filho de cientista suiço, passou parte de sua infância

e juventude na Suiça, onde, em Berna,

realizou sua primeira exposição individual.

De volta ao Brasil, em 1919,

tornou-se ilustrador de revista.

A partir de 1923, dedicou-se intensamente

à xilogravura que, junto com o desenho,

se tornaria seu principal meio de expressão.

Estes são comentários sobre algumas de suas obras:

 

Nas imagens urbanas de Oswaldo Goeldi há uma atmosfera de solidão profunda.

 

Caminho abandonado

 

 

Há em muitas de suas gravuras uma atmosfera escura,

rompida pela luz branca filtrada,

ou por pequenas superfícies de cor.

 

goeldi01

 

Noturno

 

Figuras humanas indiferentes se perdem em ruas,

praças e becos mal iluminados.

 

 

 


Céu nublado, chuva incessante, atmosfera de chumbo

são elementos presentes em muitas de suas obras

 

Encontro sob chuva

 

De Goeldi e sua obra diz Carlos Drummond:

“De uma cidade vulturina
vieste a nós, trazendo
o ar de suas avenidas de assombro
onde vagabundos peixes esqueletos
rodopiam ou se postam em frente a casas inabitáveis
mas entupidas de tua coleção de segredos…


Amarias talvez…fixar um novo sol, noturno…

…e denuncias as diferentes espécies de treva
em que os objetos se elaboram:
a treva do entardecer e a da manhã;
a erosão do tempo no silêncio;
a irrealidade do real…

 

 

Para conhecer melhor  Goeldi e sua extensa obra,

um ótimo site é o Centro Virtual  de Documentação e Referência

Oswald Goeldi

( www.centrovirtualgoeldi.com)

6 comentários:

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  3. Lembrei-me da minha primeira xilogravura na aula da Angela Witcher (uns 20 anos atrás) :)
    Do lago com Vitórias Régias...da sensação de cavar na madeira e de como foi interessante pensar no negativo da pintura... pois vc entalha o que vai ficar sem tinta!
    Seus posts são um exercicio à arte ...além de uma viagem ao tempo e aos nossos sentimentos e recordações!
    obrigada!bjs Flavinha

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  4. Essas xilos são perfeitas.
    Em Campos do Jordão , na Casa da Xilogravura ,organizada pelo Prof.Costella, podemos apreciar o processo da técnica em todos os passos; além de um acervo maravilhosamente cuidado pelo professor.

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  5. adora fazer xilos....
    carvar é como sulcar a alma...
    emana toda nossa sensibilidade....
    vc que é só inspiração ..penso que se divertiria

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  6. Norma, gostei de tudo mas, tenho um pequeno comentário a fazer - a palavra xilografia é usada para a gravura em madeira no sentido do corte transversal ao crescimento da árvore - para fazer uma xilografia o artista usa o buril, uma ferramenta cortante que deixa sulcos muito finos na madeira. A xilogravura, ao contrário, acompanha os veios da madeira cortada no sentido do crescimento da árvore, em tábuas. Goeldi fez xilogravura de fio e soube aproveitar os registros da própria madeira incorporando-os nas gravuras. Ex: nas gravuras desta página, especialmente as três primeiras – os pontos brancos resultam das fibras do cedro, cujas texturas foram aproveitas pelo artista, ajudando-o a criar o clima das imagens.
    Um abraço, Noemi Ribeiro

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