Graças à INTERNET
podemos ter uma idéia da exposição
CÁLCULO DA EXPRESSÃO
que acabou de ser apresentada
no MUSEU LASAR SEGALL,
oportunidade rara
de encontrar reunidas,
em um só lugar,
as obras gráficas
de três ícones
da arte moderna brasileira:
Oswaldo Goeldi,
Lasar Segall e Iberê Camargo.
A reunião dos três gravadores expressionistas
justificou a criação desse projeto.
Foto: Reprodução do quadro
Ventania, de Oswaldo Goeldi
Não é a primeira vez que Goeldi é colocado
lado a lado com Segall,
a vida inteira atraído
pela temática da imigração
e pela “negritude”, hoje denominada
de afro-brasilidade.
A inclusão de Iberê Camargo
foi a maior contribuição dessa mostra,
uma vez que Iberê chegou a confessar
“dilacerei-me para escapar
das influências poderosas
de Portinari, Segall e Utrillo”.
Discípulo de Guignard,
amigo de Goeldi
e profundo admirador de sua obra,
o cotejo com Segall e Goeldi possibilita
uma melhor interpretação
do expressionismo no Brasil.
Segundo define Vera Beatriz Siqueira,
que assinou a curadoria da exibição,
“a mostra é um convite ao diálogo
e à confrontação da produção
destes três grandes nomes,
donos de visões muito particulares
sobre o fazer artístico”.
Os três estão reunidos
sob o rótulo de expressionistas,
não como vertente artística,
mas pela busca obstinada da arte
como expressão máxima,
como suporte para a experiência pessoal.
"Artistas modernos e contemporâneos,
como Goeldi, Iberê e Segall,
buscavam construir meios plásticos
para a expressão,
na tentativa de se repor
como artista em cada gesto", afirma.
Desta busca, explica Vera,
surge o título da exposição.
“Há um hiato entre a intenção
do artista, a realização da obra
e a percepção do público.
Transpor esse espaço
exige um elaborado cálculo
em busca da expressividade.
A idéia da mostra foi apresentar
as gravuras dos três artistas
como um processo estruturado
para reproduzir o potencial visual
que eles almejavam.
A economia de meios de Goeldi,
a formalização erudita de Segall,
a concentração e intensidade formal
de Iberê Camargo
seriam esses cálculos de expressão”, completa.
“Vale destacar as séries Pescadores de Goeldi,
os Emigrantes de Segall
e os Ciclistas de Iberê Camargo,
que são imperdíveis,
pois exemplificam bem o tema proposto na mostra:
a busca por expressão e afirmação do eu”,
avisa a curadora.
“Reunir as obras destes três nomes
deve permitir a reflexão
sobre as semelhanças
e distinções entre os universos temáticos,
as dimensões técnicas
e os cálculos estéticos de cada artista,
além de propiciar interpretações renovadas
para essa vertente expressiva
da arte brasileira”, completa.
Os artistas estarão lado a lado,
propondo um diálogo direto entre as produções
e as influências dos contemporâneos Goeldi e Segall
sobre a obra gráfica de Iberê Camargo.
“O encontro destes três grandes mestres
da arte brasileira, todos exímios gravadores,
representa uma rara oportunidade
para conhecer mais detalhadamente
sua obra gráfica, e investigar
de que maneira Goeldi e Segall influenciaram
Iberê Camargo
e como Iberê Camargo trabalhou
e incorporou esses elementos
em sua própria produção”,
resume Fábio Coutinho.
Oswaldo Goeldi Jardim no Rio, c. 1930
Xilogravura sobre papel
Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro
Lasar Segall Vista do ateliê, 1914
Litografia sobre papel
Museu Lasar Segall, São Paulo
Iberê Camargo Cosme Velho,1942,
Ponta-seca sobre papel
Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre
Lasar Segall Morro, 1926
Ponta-seca sobre papel
Museu Lasar Segall, São Paulo
Iberê Camargo c. 1943
Paisagem urbana com trilho de bonde,
Buril e ponta-seca sobre papel
Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre
Oswaldo Goeldi Conversa de esquina, c. 1930
Xilogravura sobre papel
Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro
Oswaldo Goeldi O ladrão, c.1955
Xilogravura sobre papel
Lasar Segall
Emigrante debruçado na amurada, 1929
Xilogravura sobre papel
Museu Lasar Segall, São Paulo
Oswaldo Goeldi Pescadores, c. 1955
Xilogravura sobre papel
Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro
Lasar Segall Emigrantes, 1929
Ponta-seca sobre papel
Museu Lasar Segall, São Paulo
Iberê Camargo Um carretel, 1960
Água-forte e água-tinta sobre papel
Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre
Iberê Camargo Ciclista 3, 1991
Água-tinta sobre papel
Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre
O Museu Lasar Segall além de todo o acervo belíssimo, bibliotéca , jardim,café,funciona também em seu espaço, uma sala de cinema com boa programação.
ResponderExcluirOlá Norma enfim consegui entrar em seu blog, como esta você e Sr: Luiz?
ResponderExcluirEstou deixando meu email a você:
valpossetti@hotmail.com
Abraços até logo!
Valdete Possetti
explique mais sobre a obra emigrantes 1929!
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