Autorretrato
Caspar David Friedrich foi o mais puro representante da pintura romântica alemã. Suas paisagens primam pelo simbolismo e idealismo que transmitem.
Nascido em 5 de setembro de 1774, em Greifswald, faleceu em Dresden em 1840.
Trabalhava inicialmente com aquarelas e desenhos, depois se dedicou à gravura em metal.
Em 1808, depois de um curso de pintura a óleo, foi incumbido pelos condes de Thun e Honestein de uma de suas obras mais importantes: A Cruz na Montanha. Recebeu muitas críticas, por relacionar a paisagem com o sentimento religioso, tendo Frederich apresentado sua interpretação desta pintura: os raios do sol representam a luz de Deus Pai, o fato do sol estar no ocaso indica que o tempo em que Deus se revelava diretamente aos homens havia passado, as montanhas são alegorias da fé e os pinheiros marcam o surgimento da esperança.
A Cruz na Montanha 1807
Seu tema preferido foi sempre a paisagem. Suas obras muitas vezes possuem uma atmosfera nostálgica, com brumas, árvores secas, e dramáticos efeitos de luz, em que ele foi um inovador e um mestre.
Manhã sobre a Montanha 1810
Paisagem de Inverno com Igreja 1811
Caminhando sobre o Mar de Névoa 1818
Beiramar ao Luar
Manhã em Riesengebrirge 1810-1811
Manhã na Montanha
A Árvore dos Corvos 1822
Após seu casamento com Caroline Bommer, em 1818, que era bem mais jovem, suas obras ganham leveza e a figura feminina começa a aparecer com destaque. Os Penhascos de Rügen, obra pintada após sua lua-de-mel, é um bom exemplo .
Os penhascos de Rügen, c. 1818
Nascer da Lua sobre o Mar 1822
O mar de gelo, 1823-1824.
As fases da vida, c. 1835.
Uma das características mais originais de sua obra é o uso da paisagem para evocação de sentimentos religiosos. Buscava não apenas apreender, de forma objetiva a natureza, como faziam os neoclássicos, mas construir uma narrativa poética, de modo a obter uma ligação entre o observador solitário e o ambiente externo. Em suas palavras, "o artista devia não só pintar aquilo que vê diante de si, mas também o que vê dentro de si".
São frequentes em suas telas céus grandiosos, tempestades, as ruínas e cruzes. Símbolos da morte também não são raros, como árvores secas. Equilibrando o sentimento de abandono e desespero estão em outros momentos os símbolos da Redenção, como a cruz contra um céu claro que promete a vida eterna, ou a lua crescente que sugere o renascimento e uma progressiva aproximação a Cristo.
Em junho de 1835 ficou parcialmente paralítico. Conseguiu se recuperar um pouco , mas sua habilidade de pintar foi muito prejudicada, passando a preferir a aquarela e a sépia, em trabalhos onde abundam os símbolos da morte. Morreu em 1840, quase esquecido pelo mundo da arte.
Eu vejo sua escolha pelo pintor refletida em sua aquarelas, sempre delicadas, com cores discretas e muito respeito pelo ato de pintar. Adorei aprender mais um pouco com seus estudos.
ResponderExcluirQuem escreveu foi a Wilma Gottardi.
ExcluirFico contente por você ter gostado, seria uma pena não divulgar obras tão lindas e pouco conhecidas. Norma.
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