Política e Arte se encontram
na 29ª Bienal de São Paulo.
O título dado à exposição:
“Há sempre um copo de mar
para um homem navegar”
– verso do poeta Jorge de Lima (1952)-
sintetiza a idéia que a dimensão da arte
está contida nela mesma,
e não no que está fora, ou além dela.
É nesse “copo de mar” – ou nesse infinito,
em que os artistas se projetam–
que, de fato, está o incentivo
para pensar adiante,
para a política da arte.
A 29ª Bienal de São Paulo apresenta
uma variedade de possibilidades
e novas descobertas,
em obras superinterativas, sensoriais e atuais.
Encontramos ali, desde artistas consagrados,
como Hélio Oiticica e Jean-Luc Godard;
outros muito em evidência, como Gil Vicente,
com suas obras quase proibidas,
em que “mata” autoridades mundiais;
até registros de street art, como a pichação;
totalizando 159 artistas.
Há ainda 6 terreiros
– construções destinadas à criação,
descanso e reflexão,
concebidas a pedido da curadoria,
por arquitetos e artistas plásticos-
gerando mais de 600 trabalhos.
Visitando os três andares da exposição,
difícil é comentar
o que desperta mais atenção.
O artista Cildo Meireles apresenta
a obra inédita Abajur ,
com mar, gaivotas e caravelas,
e o espectador se surpreende
ao descobrir que há uma engrenagem
com que pode movê-la.
O paulista Nuno Ramos,
um dos mais respeitados artistas do país,
apresenta a obra intitulada
“Bandeira Branca” .
Nessa instalação,
o espaço central do pavilhão foi cercado
com telas pretas de proteção
e equipado com cerca de 50 alto-falantes
dispostos em três colunas enormes,
que servem de “poleiro”
a três urubus aí confinados.
As caixas de som emitirão as músicas:
‘Carcará’, ‘Bandeira Branca’ e ‘Acalanto’,
isolada, ou, algumas vezes, simultaneamente
Em protesto, um grupo invadiu
o prédio da Bienal e pichou a frase:
“Liberte os urubus” com spray branco,
em uma das grandes
esculturas negras da instalação.
Outra polêmica surgiu
com as obras apresentadas por Gil Vicente,
em que o artista desenha-se a si mesmo
matando dez personalidades políticas,
nacionais e internacionais.
E muito mais há para se ver.
Impossível visitar esta Bienal uma só vez…
D NORMA, DEPOIS DE UM MES NA FAZENDA QUE ALEGRIA VOLTAR A CIVILIZAÇÃO ....E VER O SEU BLOG..IREI A SAO PAULO E ATE A BIENAL NÁO SEI O QUE SERIA DE MIM SEM A SRA...
ResponderExcluirBJS ANINHA
amam adorei esse post
ResponderExcluirque tal um passeio cultural em Sampa???
milisa