sábado, 9 de outubro de 2010

DENGO DE ERNESTO NETO NO MAM

 

Gotas de crochê saem do teto,

recobrem o chão

como espécie de tapetes

e transformam

a Grande Sala do MAM

em uma grande e única instalação.

As partes da obra de Ernesto Neto

foram trançadas à mão,

sem o uso de agulhas

e ainda recebem objetos inspirados

no comércio ambulante.”

Assim é descrita a instalação Dengo

na sessão Guia Visuais

do jornal O Estado de S. Paulo.

      

Obra do artista Ernesto Neto, em exposição no MAM, em São Paulo

Foto: Ayrton Vignola/AE

 

Visualizar esta instalação

me traz um  turbilhão de idéias,

emoções, saudade.

Surge muito nítida a imagem

de minha avó Adelina,

mulher corajosa, decidida,

sempre ativa.

Não esquecemos de seus bolos

e doces deliciosos

( os figos cristalizados,

sequinhos por fora

e úmidos de calda por dentro),

as meias e luvas de lã sem costura,

feitas em tricô com 5 agulhas,

e o crochê

em enormes cortinas e colchas.

E me ponho a pensar:

…“o que diria vovó ao ver esta obra?”

…gostaria?

…“traria alguma influência

ao seu crochê?”

Um comentário:

  1. D Adelina diria com certeza _ que mundo virado do avesso""""HOMEM brincando de croche..e quem haverá de se ocupar da agricultura, pecuária, comércio e finanças, as mulheres???
    e ela estaria quase...... certa
    beijinho Milisa

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