segunda-feira, 16 de novembro de 2015

OBRAS DE CASPAR DAVID FREDERICH

 

 

Self Portrait 1800 - Caspar David Friedrich

 Autorretrato

 

Caspar David Friedrich foi o mais puro representante da pintura romântica alemã. Suas paisagens primam pelo simbolismo e idealismo que transmitem.

Nascido em 5 de setembro de 1774, em Greifswald, faleceu em Dresden em 1840.

Trabalhava inicialmente com aquarelas e desenhos, depois se dedicou  à gravura em metal.

Em 1808, depois de  um curso de pintura a óleo, foi incumbido pelos condes de Thun e Honestein de uma de suas obras mais importantes: A Cruz na Montanha.  Recebeu muitas críticas, por relacionar a paisagem com o sentimento religioso, tendo Frederich apresentado  sua interpretação desta pintura: os raios do sol representam a luz de Deus Pai, o fato do sol estar no ocaso indica que o tempo em que Deus se revelava diretamente aos homens havia passado, as montanhas são alegorias da fé e os pinheiros marcam o surgimento da esperança.

 

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          A Cruz na Montanha  1807

Seu tema preferido foi sempre a paisagem. Suas obras muitas vezes possuem uma atmosfera nostálgica, com brumas, árvores secas, e dramáticos efeitos de luz, em que ele foi um inovador e um mestre.

 

                Manhã sobre a Montanha  1810

 

                  Paisagem de Inverno com Igreja 1811

 

Caminhante sobre o mar de névoa 1818.jpg

Caminhando sobre o Mar de Névoa 1818

 

                          Beiramar ao Luar

 

                            Manhã em Riesengebrirge 1810-1811

 

                         Manhã na Montanha

 

                        A Árvore dos Corvos 1822

 

Após seu casamento com Caroline Bommer, em 1818, que era bem mais jovem, suas obras ganham  leveza e a figura feminina começa a aparecer com destaque. Os Penhascos de Rügen, obra pintada após sua lua-de-mel, é um bom exemplo .

 

            Os penhascos de Rügen, c. 1818

 

                    Nascer da Lua sobre o Mar 1822

 

                        O mar de gelo, 1823-1824.

 

                 As fases da vida, c. 1835.

 

Uma das características mais originais de sua obra é o uso da paisagem para evocação de sentimentos religiosos. Buscava não apenas apreender, de  forma objetiva a natureza, como faziam os neoclássicos, mas construir uma narrativa poética, de modo a obter uma ligação entre o observador solitário e o ambiente externo. Em suas palavras, "o artista devia não só pintar aquilo que vê diante de si, mas também o que vê dentro de si".

São frequentes em suas telas céus grandiosos, tempestades, as ruínas e  cruzes. Símbolos da morte também não são raros, como árvores secas. Equilibrando o sentimento de abandono e desespero estão em outros momentos os símbolos da Redenção, como a cruz contra um céu claro que promete a vida eterna,  ou a lua crescente que sugere o renascimento e uma progressiva aproximação a Cristo.

      Em junho de 1835 ficou parcialmente paralítico. Conseguiu se recuperar um pouco , mas sua habilidade de pintar foi muito prejudicada, passando a preferir a aquarela e a sépia, em trabalhos onde abundam os símbolos da morte. Morreu em 1840, quase esquecido pelo mundo da arte.              

3 comentários:

  1. Eu vejo sua escolha pelo pintor refletida em sua aquarelas, sempre delicadas, com cores discretas e muito respeito pelo ato de pintar. Adorei aprender mais um pouco com seus estudos.

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    1. Quem escreveu foi a Wilma Gottardi.

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    2. Fico contente por você ter gostado, seria uma pena não divulgar obras tão lindas e pouco conhecidas. Norma.

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