sexta-feira, 1 de outubro de 2010

29ª BIENAL DE SÃO PAULO

 

 

 

Política e Arte se encontram

na 29ª Bienal de São Paulo.

O título dado à exposição:

“Há sempre um copo de mar

para um homem navegar”

– verso do poeta Jorge de Lima (1952)-

sintetiza a idéia que a dimensão da arte

está contida nela mesma,

e não no que está fora, ou além dela.

É nesse “copo de mar” – ou nesse infinito,

em que os artistas se projetam–

que, de fato, está o incentivo

para pensar adiante,

para a política da arte.

A 29ª Bienal de São Paulo apresenta

uma variedade de possibilidades

e novas descobertas,

em obras superinterativas, sensoriais e atuais.

Encontramos ali, desde artistas  consagrados,

como Hélio Oiticica e Jean-Luc Godard;

outros muito em evidência, como  Gil Vicente,

com suas obras quase proibidas,

em que “mata” autoridades mundiais;

até registros de street art, como a pichação;

totalizando 159 artistas.

Há ainda 6 terreiros

– construções destinadas à criação,

descanso e reflexão,

concebidas a pedido da curadoria,

por arquitetos e artistas plásticos-

gerando mais de 600 trabalhos.

29_mosaicoartisatas_620x320

 

Visitando os três andares da exposição,

difícil é comentar

o que desperta mais atenção.

 

O artista Cildo Meireles apresenta

a obra inédita Abajur ,

com mar, gaivotas e caravelas,

e o espectador se surpreende

ao descobrir  que há uma engrenagem

com que pode movê-la.

 

 CILDO%20OBRA%20PRONTA_NOTÍCIA

 

O paulista Nuno Ramos,

um dos mais respeitados artistas do país,

apresenta a obra intitulada

“Bandeira Branca” .

Nessa instalação,

o espaço central do pavilhão foi cercado

com telas pretas de proteção

e equipado com cerca de 50 alto-falantes

dispostos em três colunas enormes,

que servem de “poleiro”

a  três urubus aí  confinados.

As caixas de som emitirão as músicas:

‘Carcará’, ‘Bandeira Branca’ e ‘Acalanto’,

isolada, ou, algumas vezes, simultaneamente

 

 Instalação de Nuno Ramos

 

Em protesto, um  grupo invadiu

o prédio da Bienal e pichou a frase:

“Liberte os urubus” com spray branco,

em uma das grandes

esculturas negras da instalação.

 

 

Outra polêmica surgiu

com as obras apresentadas por Gil Vicente,

em que o artista desenha-se a si mesmo

matando dez personalidades políticas,

nacionais e internacionais.

 

 

E muito mais há para se ver.

Impossível visitar esta Bienal uma só vez…

2 comentários:

  1. D NORMA, DEPOIS DE UM MES NA FAZENDA QUE ALEGRIA VOLTAR A CIVILIZAÇÃO ....E VER O SEU BLOG..IREI A SAO PAULO E ATE A BIENAL NÁO SEI O QUE SERIA DE MIM SEM A SRA...
    BJS ANINHA

    ResponderExcluir
  2. amam adorei esse post
    que tal um passeio cultural em Sampa???
    milisa

    ResponderExcluir